A Bela e a Fera

Daughter of Athena

KURAI HIKARI

INTERAGINDO COM | HUMOR | NOTAS DO AUTOR

ra mais um dia calmo no acampamento. Isso é claro para os padrões dos Semi-deuses. A jovem filha de Athena já estava a um tempo observando o modo como seus colegas de acampamento estavam se movimentando de forma sorrateira e sumindo sem mais nem menos, pelo que imaginava certamente estavam indo de forma ilegal para mais alguma situação misteriosa que despertara a curiosidade do espirito hiperativo desses jovens. Ela própria gostaria de saber mais sobre isso, entretanto sua intuição lhe dizia que deveria aguardar um pouco mais, dessa forma estava aproveitando sua tarde ao lado do lago e tocando o instrumento de corda tipicamente japonês de nome Koto.

A música era suave, sem letra alguma por motivos óbvios, Kurai tocava com maestria demonstrando os anos de longos treinamentos. Trazia em sua face uma expressão suave, como se para ela existisse apenas a música e ela. Olhando de longe parecia até uma garota inofensiva, entretanto ao seu lado, estrategicamente posicionados dentro do segundo estojo negro de Koto estavam suas queridas Sedenta e Retalhadora.

Magic!

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Finalmente a notícia havia se espalhado pelo acampamento. Já era hora de aprontar as coisas e se virar para conseguir escapar da forma mais rápida do acampamento sem que os diretores viessem a desconfiar. A noite mal caíra e lá estava ele decidido do que fazer, somente os mais corajosos estariam a buscar aquela missão, mesmo que de forma clandestina. Os boatos diziam que seria um grande evento, e os burros seriam aqueles que ficassem dentro do acampamento sem ao menos se arriscar. Era como se o preço pelo perigoso pudesse ser muito bom, bem alto, e quanto a futuros castigos? Ora, a glória era muito mais alta!

Os passos já se espalhavam pela terra, tomava cuidado para não ser visto enquanto seguia em direção as fronteiras do acampamento. A bota de cano alto o pretegia da lama enquanto a capa preta se espalhava pelo chão. Seu rosto estava coberto pelo capuz da capa de viagem para não ser "percebido" tão fácilmente, pelo menos em relação ao seu rosto. Seu grimório encontrava-se em baixo do seu braço dando-lhe mais segurança, afinal a qualquer momento uma criatura poderia vir a aparecer. Sendo assim, se esforçava para ser o mais breve possível em seu trotar. Foi então que a música invadiu seus ouvidos e não conseguiu deixar de parar e procurar por algum sinal da mesma.

Seria alguma Nínfa ao meio das suas atividades? Deixou-se levar pelas beiradas até finalmente chegar a margem do lago, conseguiu avistá-la logo mais a frente decidindo que apresentar-se não seria nada que lhe prejudicaria, além do mais tinha uma leve impressão que ela já havia o percebido.
— É uma bela música. — Então parou exatamente na frente dela enquanto ficava a admirar o instrumento. Por educação deixou uma pequena reverência seguir sua fala e logo procurou os olhos dela ao meio dos belos cabelos ruivos.
— Creio que já vi você em algum lugar do acampamento. Mas creio mais ainda que não está sozinha numa região dita "hóstil" como esta atoa. — Arqueou a sobrancelha quando estirou a mão buscando a dela para assim desferir um beijo calmo e elegante sobre a sua mão.
— Porém pouco me importa certo? — Então deixou um riso irônico escorregar dentre seus lábios e logo revirou os olhos. — No entanto, admiro muito um talento, e se me permite dizer...És um! — Então deixou-se avaliar a garota, era muito bonita, principalmente pela mistura dos olhos com o belo cabelo, deveria dizer que tinha uma queda por ruivas. rs
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Daughter of Athena

KURAI HIKARI

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evantou seu olhar assim que uma presença apareceu a sua frente, usava um capuz e levava consigo uma bolsa de viagem. Ela sorriu de imediato, já desconfiando por essa evidências o que o jovem pretendia com aquilo tudo, só havia uma missão na qual os semideuses se moveriam nas atuais circunstâncias.

── Talvez, não sou exatamente o tipo de pessoa que se destaca muito. Mas acertou, estava aqui esperando pela companhia certa... ── disse simplesmente, tinha um tom gentil mas não parecia estar de galanteios ou algo do tipo.

Com naturalidade deixou que ele a cumprimentasse com um beijo, a despeito do famoso perfil mais tímido dos japoneses Kurai não parecia ter herdado essa característica, até porque ser filha de um homem que recebia constantes visitas fez com que ficasse assim. Em seguida recolheu suas mãos e tirou as "unhas" que usava para tocar o Koto, recuperando o movimento natural de suas mãos e passou a guardar o koto dentro do estojo que estava vazio. Assim que terminou se levantou, o kimono negro que usava fazendo ruido naquela noite estrelada, além disso ele destacava seus cabelos vermelhos que vez ou outra lhe causavam certo constrangimento - afinal, asiáticos deveriam ter madeixas negras, certo? -.

Assim que estava de pé o  reverenciou, não deixando que apenas ele a cumprimentasse de maneira tão formal.

── Não vejo mal em responder as dúvidas de um companheiro de acampamento. Agradeço pelo elogio, mesmo que minhas habilidades estejam um tanto enferrujadas ──
sorriu mais uma vez, sem falsa modéstia, apreciando o elogio mas o observando um pouco mais, procurando perscrutar traços de sua personalidade ── Devo perguntar, imagino que não esteja apenas fazendo um passeio pelo bosque, certo?

E esperou por sua resposta, mantendo contato visual sem pudores, conhecer novas pessoas sempre lhe deixava animada.

Magic!

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O azul dos olhos pareciam refletir aos dela, cores muito parecidas que pareciam se chocar buscando um do outro respostas sobre o seu fio de personalidade. Entendo o que começava a acontecer, Vincent retirou propositalmente o capuz negro permitindo que ela visse sua face por completa.
Suas feições eram finas e muito bem desenhadas, rudes como a de um nobre lorde. Cabelos negros e muito bem penteados, longos, chegando até os ombros, mas hoje estavam devidamente amarrados para trás. Suas sobrancelhas eram altas e pareciam sempre estarem arqueadas quando olhava para as pessoas, mas talvez o mais bonito era a sua boca fina e bem desenhada que se encaixava perfeitamente com o resto.
Por uma fração de segundos continuou sério ainda fitando-a, era bonita, exótica, realmente sua aparência oriental pouco se encaixava com suas características, principalmente as físicas. Ela era o que ele chamava de uma "mulher avantajada", claro, para uma oriental. Tinha um corpo muito bem desenhado, muito bem feito em fartura. Mas o que mais lhe chamava atenção era a sua simplicidade, sua simpatia, que não a tornava nada chata, muito pelo contrário.
Os cumprimentos foram trocados, e logo ele deixava um riso sincero em seus lábios, arqueou a sobrancelha em seguida devido a pergunta dela e assim pareceu se dar conta do que havia feito, um erro...Ou não.
Vince imediatamente se aproximou dela e tocou sua barriga com o dedo indicador, talvez aquela fosse uma "ameaça". Sorriu de canto não tentando representar maldade alguma, mas logo danou a falar.
— Sim, de fato não estou aqui atoa. Devo imaginar que você já sabe o motivo, afinal todos sabem. — Talvez agora ela percebesse o motivo da apróximação.
— Então garota...Digamos que você ter me visto foi um erro, então acho que ou eu ficarei aqui, ou você será obrigada a ir comigo. — Então ele gargalhou no exato momento e lançou a ela um olhar sincero.
— Mas eu realmente ficaria feliz com a sua companhia. Quero você comigo, é melhor do que ficar aqui e possivelmente me entregar. O que diz? Vamos ter que lutar aqui mesmo ou você me daria a honra da sua companhia. Não se preocupe, tenho suprimento para duas mochilas dentro da minha. —
Então arqueou a sobrancelha sem deixar o riso simpático escapar do seu rosto. Estava tentando uma aproximação amigável, esperava de fato que ela viesse a ceder, ou as coisas começariam a explodir por ali.
— A proposito, você não me disse o seu nome até agora. — Finalizou esperando pela resposta dela, talvez uma nova amizade estivesse a começar, ou uma nova disputa.

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KURAI HIKARI

INTERAGINDO COM Vince Morgenstern | HUMOR ??? | NOTAS DO AUTOR

s pessoas eram tão divertidas. Esse era o pensamento recorrente de Kurai. A despeito do que já ouvira de seus "irmãos", que se reservavam a seus livros e estudos, imaginava que devido ao seu pai teria herdado características mais "politicas". Mais do que qualquer um ela sabia o poder que a boa oratória e os contatos tinham. Não que suas aproximações fossem fruto somente do interesse, gostava genuinamente de conhecer pessoas novas, era sempre uma atividade divertida.

Naquela altura da situação imaginava que os dois se analisavam sem pudores, o que cada um estaria procurando no outro? Devido a inquestionável bela aparência do rapaz Kurai já começava a supor certas coisas, entretanto era preciso ter cuidado no ramo das adivinhações, as pessoas poderiam disfarçar muito bem suas personalidades. Por um instante deixou seu egocentrismo aflorar e imaginou se ele analisava sua beleza ou algo do tipo, em outras ocasiões já fora questionada sobre sua ascendência já que seu nome era visivelmente oriental. Quando mais nova ainda formou teorias sobre ser uma exceção a regra, entretanto o destino provou que de fato ela era uma mestiça.

Apenas sorriu diante da súbita aproximação dele, observando suas ações diante daquele inusitado convite.

── De fato, não há quem não saiba sobre a grande novidade. E quem me obrigaria a ir? ── olhou-o longamente, certo brilho felino ressoando em seus olhos diante do desafio que ela não fazia a mínima questão de esconder ── Seria divertidíssimo entrar em uma disputa contigo, mas isso atrasaria meus planos pois também quero visitar a mais nova atração da Europa.

Sua expressão voltou a forma tranquila, quase como se não estivera ali a garota ruiva que o incitara a dar continuidade ao desafio. Kurai era assim, nunca impunha sua vontade, mas apreciava deixar claro que não era exatamente submissa.

Quando o rapaz citou sobre os suprimentos, ela foi até um dos estojos negros e o pegou colocando sob seus ombros, desnecessário dizer que se tratava justamente do qual estava m suas armas e suprimentos que não foram usados em sua última missão. Carregava um embrulho com um cuidado especial, poderia dizer que tivera sorte de não ter de usá-lo. Mas havia circunstâncias atenuantes, não é que não fora necessário o seu uso, simplesmente não houvera tempo o suficiente para isso.

── Me chamo Kurai Hikari, é um prazer conhecê-lo. Acredito que a partir de agora somos companheiros de time dessa missão clandestina! ── numa expressão brevemente infantil ela sorriu travessa, finalmente o traço irrequieto dos semideuses se fazendo transparecer e deixando claro o quanto ela estava ansiosa pela missão.

Estendeu a mão para o rapaz como se para fechar o “acordo” no estilo ocidental, já dizia o velho ditado, “Quando em Roma, faça como os Romanos!”.

Magic!

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Quando uma conexão era estabelecida, não tinha maneira alguma que a fizesse não continuar. Poderia ser segundos, minutos, horas, mas a mesma continuava, e foi assim que aconteceu. Ficaram parados um na frente do outro por alguns minutos ao meio daquele diálogo, não podia os culpar de forma alguma, afinal pessoas costumam se atrair com imãs, cada um com sua carga, seja positiva ou negativa.
Em segundo algum Vince desviara o seu olhar, continuava fixo a fitar Kurai, não poderia deixar de rir da situação já que agora estava com o dedo na barriga dela, sentindo sua pele quente e macia. Seus pensamentos foram enganados por alguns segundos e logo voltou a se concentrar nas palavras corretas para conjurar a magia ou se perderia. Foi então que o clima fora quebrado, finalmente ela começara a falar e o mesmo relaxava, pelo visto não iria precisar silenciá-la.
— Como não comentar? — Então propositalmente deixou o dedo escorregar pela barriga dela até perdê-la de vista e assim o mesmo lhe lançar um sorriso um tanto atrevido.
— Dizem por aí que as criaturas que lá estão guardam tesouros e artefatos preciosos, como se fosse um grande contrabando. Creio que todos nesse acampamento estão loucos para colocarem as mãos não só em dracmas, mas como nos tais artefatos mágicos, e bom... — Fez uma leve pausa pensando estar falando demais, mas por que se sentia seguro falando tanto assim com uma desconhecida como ela? —...Bom, eu também quero coisas do tipo. — Então empinou seu nariz e arqueou a sobrancelha no exato momento quando ela falou sobre a disputa entre ambos, gargalhou ironicamente e colou o corpo no dela fixando seus olhos. Carregava um olhar ameaçador, destemido, até roçar a ponta do nariz no dela quando fez um movimento de cabeça rápido para cima como se quisesse dizer: "o que você quer, garota?". Seus ombros se tocaram levemente e ao meio de um riso maldoso ele proferiu baixo apenas para ela ouvir. — Seria ótimo surrar você! — E então tocou-lhe a mão no exato momento que ela recolheu suas coisas e a puxou. — Vamos, não temos tempo a perder, senhorita Kurai. O navio logo estará passando pela praia e precisaremos remar. — Então começou a "carregá-la" pelo meio da floresta em direção a praia, o diálogo não iria parar.  — A proposito, meu nome é Vincent Morgenstern. — Achava que aquilo poderia ser irrelevante agora que quase corriam para alcançar o barco que havia deixado na praia. — O que você espera encontrar por lá, garota? — Indagou enquanto ainda a puxava pela mão.

Daughter of Athena

KURAI HIKARI

INTERAGINDO COM Vince Morgenstern | HUMOR Animada | NOTAS DO AUTOR Let’s party begin!

jovem de cabelos ruivos adorava aquilo, algumas vezes na vida uma situação como aquela acontecia. Um encontro súbito, certeiro, e uma conexão criada simplesmente porque os dois estavam no local certo e na hora correta. Mas seria assim tão simples? Desde que soubera de fato quem era sua mãe muitos eventos ocorreram, e cada vez mais ela acreditava que não se tratava de uma simples coincidência.

Ela sorria, não mais de modo político, sociável, agora um pouco mais genuinamente divertida com os trejeitos do rapaz. Era incisivo mas não conseguia ficar brava com o mesmo, apenas reagia de igual forma com ele, sabendo que era provocá-lo era mais divertido do que meramente rechaçá-lo.
Assentia as palavras dele, ouvindo seu relato sobre o que poderiam encontrar no navio. Até que ele quebrou de maneira bastante evidente seu espaço pessoal, deveria agir com parcimônia e fingir estar constrangida, mas Kurai não era a dama oriental perfeita afinal.

── Disso eu duvido muito, posso lhe derrubar sem descer do meu salto! ── disse desafiadora, mas logo em seguida piscou para ele, quebrando por alguns instantes sua expressão sempre serena.

Aceitou a mão dele sem problemas e logo se levantou levando consigo o estojo negro do koto que continha seus suprimentos e armas, dessa forma parecia só mais uma simples oriental de cabelos ruivos trajando um kimono negro.

── Belo nome! Depois deixe-o anotado em um papel para que eu possa procurá-lo em livros importantes... ── seu tom de voz não soava com desdém, apenas fizera uma brincadeira amigável porém olhava-o para captar por completo sua reação, conseguindo notar pela forma que o rapaz agia que não viera de uma família simples.

A despeito do seu jeito fino Kurai acompanhava o rapaz em pé de igualdade, iam rápido para a costa afim de acharem um barco que os levassem até o local onde o Titanic já estava. Pelo que puderam descobrir ele já havia embarcado, mas os meio-deuses eram ótimos em invadir coisas, mesmo em alto mar, certo?

── Devo dizer que combinamos... ── deixou aquelas palavras no ar por mais um tempo, até o ponto em que se tornassem ambíguas o suficiente ── Se lhe interessa os dracmas e os tesouros, pode ficar com eles. Quero poder livrar o mundo de alguns monstros incovenientes. E bem, se por acaso nos depararmos com alguma arma de origem oriental gostaria de ficar com ela, como um talismã da sorte.  .

E sorriu mais uma vez, imaginando o que ele poderia achar desse seu lado um pouco mais selvagem, por assim dizer.

Já dentro do barco eles remavam sem deixar que a conversa cessasse, o RMS Titanic era tão majestoso e enorme que não demorou muito até que estivessem extremamente perto do casco dele. Arrumando suas coisas em breve já poderiam entrar no mesmo, bastava esperar pelo momento certo.

── Acredito que depois de entrarmos, poderemos nos misturar facilmente na primeira classe, não é mesmo? ── levantou a sombracenlha em sinal de questionamento, sorrindo divertida com a incomum dupla que eles agora formavam ── Sinto que toda a diversão vai acontecer exatamente no andar principal.